Do Uol – Roger e Rodrigo Moreira, filhos do apresentador Cid Moreira, acusam a viúva do apresentador, Maria de Fátima Sampaio Moreira, de desviar bens avaliados em mais de R$ 100 milhões quando o jornalista ainda estava vivo — ele morreu em setembro de 2024, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
Filhos de Cid Moreira solicitaram a abertura de um novo inquérito ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Eles pedem que Fátima seja investigada por ocultação de patrimônio, enriquecimento ilícito, omissão de rendimentos, associação continuada e interposição de terceiros — uso de “laranjas” —, sonegação fiscal, transações imobiliárias e relações empresariais irregulares. Splash teve acesso aos documentos.
Splash entrou em contato com a defesa de Fátima. A equipe informou que não se posicionará oficialmente neste momento.
Defesa dos filhos de Cid Moreira contratou dois peritos para analisar supostas provas. Segundo a petição redigida pelo advogado Ângelo Carbone, representante da dupla, a evolução patrimonial de Fátima é “incompatível com rendimentos declarados”, o que justificaria uma investigação fiscal e criminal baseada na análise da perícia realizada por detetive particular.
Solicitação de inquérito aponta subfaturamento na venda de imóveis de Cid Moreira. Segundo a argumentação, uma casa do apresentador foi vendida por R$ 1 milhão, mesmo sendo avaliada em R$ 4 milhões por profissionais do ramo. Também foram apontados suposto uso de empresas de fachada e possível cooperação de familiares de Fátima, além da participação da contadora responsável.
Ministério Público ainda analisa pedido dos filhos de Cid Moreira. Caso seja considerado válido, o MP-RJ pode solicitar a abertura de um inquérito junto à Justiça para aprofundar a investigação.
A batalha judicial envolvendo Cid Moreira e os filhos começou ainda em 2021. Na época, Roger e Rodrigo alegaram que o pai era um idoso senil e sofria maus-tratos de Fátima após o apresentador removê-los de seu testamento. Eles chegaram a pedir a interdição do locutor, o que não foi aceito pela Justiça.
Após a morte de Cid Moreira, filhos pediram acesso à abertura do inventário deixado pelo pai. “Eles podem ter sofrido tudo, o pão que o diabo amassou. E agora é a hora da gente ver os direitos”, disse Ângelo Carbone em entrevista à revista Veja em setembro de 2024.









