EXCLUSIVO, Por Ricardo Antunes — A bancada pernambucana do Partido Socialista Brasileiro (PSB) fechou questão e votou favorável à PEC da Blindagem (03/2021), que impede a abertura de investigações contra deputados federais e senadores sem a aprovação do Congresso. Os cinco deputados federais do partido, incluindo o líder da bancada da sigla na Câmara, Pedro Campos (PSB), se juntaram aos partidos de direita e do centrão na estratégia montada para confrontar o Supremo Tribunal Federal (STF) após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com a PEC, o Supremo perde a prerrogativa de processar parlamentares federais, que precisarão permitir ou não a instauração de ações penais contra eles próprios.
A posição do PSB de Pernambuco, no entanto, tem relação direta com uma nova norma prevista por essa mesma Proposta de Emenda à Constituição: o foro privilegiado que cabe aos deputados federais e senadores passa a valer também para os presidentes nacionais dos partidos com representação no Congresso Nacional, o que beneficia o prefeito do Recife, João Campos, presidente nacional do PSB.
Chamou atenção que Pedro Campos, como líder do partido, não fez orientação da bancada e também o fato de que a deputada Tabata Amaral (PSB) não acompanhou a posição do seu cunhado, tendo votado contra. Caso aprovada no Senado, João Campos e os demais presidentes nacionais de partidos com representação política em Brasília passam a ter o mesmo tratamento do presidente da República, do vice-presidente, dos integrantes do Congresso, ministros e do procurador-geral da República, ou seja, cabe apenas ao STF processá-lo em caso de infrações penais comuns.
A bancada do PSB de Pernambuco na Câmara Federal é composta, além de Pedro Campos, pelos deputados federais Felipe Carreras, Lucas Ramos, Guilherme Uchoa e Eriberto Medeiros. Dos 15 deputados federais do PSB com mandato na Congresso, seis votaram contrários à PEC e nove foram favoráveis.








