Por Thiago Cabral – Os atabaques dos terreiros de todo o Brasil tocarão uma despedida, em homenagem ao falecimento de Severino Martiniano da Silva, mais conhecido como Raminho de Oxóssi, aos 88 anos, neste domingo (8). O local e a causa da morte não foram divulgados.
Mestre das tradições culturais de matriz africana no estado, dava continuidade às tradições trazidas pelas Tias do Terço (Sinhá Yáyá Tia Bernardina), que organizaram a comunidade negra do Pátio do Terço, no bairro de São José. Em 2022, foi considerado Patrimônio Vivo em 2022, além de ser o fundador do Afoxé mais antigo em funcionamento, o Ará Odé.
As simbólicas e importantes realizações de Raminho somam-se à fundação do Afoxé Ara Odé, fundado por ele há mais de 40 anos. Seu legado de ensinamentos e cultura negra agora ficarão com os seus filhos de santo da Roça Oxum Opará Oxóssi Ibualama, em Olinda, fundada por ele há mais de 10 anos e um dos terreiros de candomblé mais antigos de Pernambuco.
No local estão salvaguardados os objetos sagrados e a memória da comunidade de africanos que frequentavam o Pátio do Terço, sendo sede e nascedouro de grupos culturais e comunidades tradicionais.
Pai raminho também organizava a festa das Águas de Oxalá, cerimônia que acontece desde 1982, e onde ocorre a famosa lavagem das ladeiras do Sítio Histórico e da escadaria da Igreja do Bonfim, em Olinda. No ritual em que a cidade se veste branco, e diversos representantes de terreiros do Recife e região metropolitana marcam presença, é a marca da abertura do ciclo carnavalesco.
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