Do G1 — Carlos Ranulpho, um dos principais galeristas do Brasil, morreu no Recife, aos 94 anos, na noite do domingo (14). O marchand — negociante que compra e vende obras de arte — teve uma parada cardíaca no Hospital Memorial São José, no bairro do Derby, na área central da cidade, onde estava internado desde o 30 de março por causa de uma infecção.
Carlos Ranulpho dedicou 56 anos ao mercado das artes. O velório de Carlos Ranulpho é realizado, a partir das 9h desta segunda-feira (15), no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. O enterro acontece no mesmo local, a partir das 13h.
Perfil
- Carlos Ranulpho de Albuquerque nasceu no Recife no dia 28 de abril de 1929;
- Aos 15 anos, ele deixou os estudos para trabalhar e ajudar a família;
- Durante 20 anos, teve destaque como comerciante de joias;
- Em 1968, promoveu uma exposição de pinturas na loja que administrava;
- O sucesso da mostra foi tanto que, naquele mesmo ano, ele criou a primeira galeria profissional no Recife: a Galeria Ranulpho, inaugurada no bairro da Boa Vista, no Centro da cidade, mas que mudou de endereço ao longo dos anos;
- O nome da galeria é uma homenagem ao pai dele, José Ranulpho, que era desenhista e caricaturista;
- Como marchand , Carlos Ranulpho divulgou a cultura contemporânea de Pernambuco e impulsionou o mercado local da arte, ensinando as pessoas a investir na compra de peças de arte;
- Ele incentivou a carreira de artistas como Lula Cardoso Ayres, João Câmara, Wellington Virgolino, Vicente do Rego Monteiro, Cícero Dias, entre outros;
- A vida e o trabalho de Carlos Ranulpho foram contados no livro “O mercado de beleza”, escrito em 2018, pelo jornalista Marcelo Pereira.









