EXCLUSIVO, por Luiz Roberto Marinho – O Hospital da Polícia Militar de Pernambuco está na UTI. O Centro Médico Hospitalar da PMPE (CMH), como é oficialmente chamado, no bairro do Derby, acaba de suspender, entre outros atendimentos, internamentos de urgência e novos internamentos na UTI, cirurgias eletivas, maternidade e pediatria, exames de endoscopia e de citologia ginecológica. Como se não bastasse, a enfermaria do 4º andar será fechada.
“Tratam-se de medidas extremas para buscar garantir a assistência aos pacientes que já estão internados no CMH”, relata o chefe interino do CMH, tenente-coronel Gustavo Sampaio de Souza Leão, em ofício ao diretor de saúde da PMPE, coronel Jader Wanderley Barros e Silva Filho, médico ortopedista. No ofício, ao qual o Blog teve acesso com exclusividade, é decretado o plano de emergência contingencial.
A situação crítica a que chegou o CMH, como descreve seu chefe interino, se deve à falta de pagamento à cooperativa que fornece enfermeiros, à cooperativa dos médicos e à clínica responsável pelos exames de imagem. “Estamos com a situação limítrofe”, relata Gustavo Sampaio de Souza Leão no ofício.

O plano de emergência contingencial estabelece remanejamento de todo o pessoal de enfermagem e dobra os plantões. O centro cirúrgico passa a funcionar somente para casos de emergência.
“As solicitações de vaga em UTI serão reguladas para rede conveniada ou SUS”, decidiu o chefe do CMH. Segundo ele, “a manutenção da assistência aos pacientes internados é a prioridade e nosso dever”.
Inaugurado em 1941, o CMH atende os policiais militares e do Corpo de Bombeiros e seus familiares e chegou a ter uma demanda diária de 250 pacientes na emergência e cerca de mil pacientes no ambulatório. O atual efetivo da PMPE é de 16 mil policiais na ativa.
Veja o ofício que formaliza a suspensão:

O OUTRO LADO
PMPE anuncia pagamento à cooperativa de enfermeiros na sexta-feira









