Por Ricardo Antunes — O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, pediu ao STF que impeça a PF de tomar depoimentos de assessores dele e de seu filho, Miguel Coelho Filho, no âmbito da Operação Desintegração.
A operação mira supostas propinas ao senador em obras do rio São Francisco e no Canal do Sertão. Os assessores foram intimados a depor nesta quinta-feira, 20.
Segundo a PF, a investigação teve início em 2017, com base nas delações de investigados da Operação Turbulência.
A ‘Turbulência’ foi deflagrada em junho de 2016 contra um grupo especializado em lavagem de dinheiro, em Pernambuco e Goiás, que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010.
Na época, a investigação foi iniciada com base na análise de movimentações financeiras suspeitas detectadas nas contas de algumas empresas envolvidas na aquisição da aeronave Cessna Citation PR-AFA.
Esse avião transportava o ex-governador de Pernambuco e então candidato à Presidência da República, Eduardo Campos pelo PSB, em seu acidente fatal, ocorrido em agosto de 2014.
A PF suspeitava que parte dos recursos que transitaram nas contas de fachada do grupo servia para pagamento de propina a políticos e formação de ‘caixa dois’ de empreiteiras.