Por Ival Saldanha
O que estaria passando pela cabeça deste senhor chamado Luciano Jorge Veloso ou simplesmente Luciano, ao olhar para aquele Estádio onde um dia ele foi chamado de “A Maravilha do Arruda” pelo seu belo futebol, ao ver o seu querido Santa Cruz disputando a lanterna do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão? Nada alegre com certeza como alegre foi o seu futebol que por suas qualidades técnicas, logo ascendeu ao time principal tricolor.
Sua ascensão coincidiu com a política adotada pelo Santa Cruz, na época sob o comando do presidente James Thorp, de formar uma equipe com jogadores prata-da-casa e oriundos da própria região nordestina, evitando os jogadores caros e muitos deles, verdadeiros pernas de pau vindos do eixo Rio-São Paulo. A estratégia deu certo, levando o tricolor do Arruda a conquista do penta campeonato estadual, nos anos de 1969 a 1973. Hoje no Arruda, ninguém parece mais dar bola para a prata da casa. Uma pena não é mesmo Luciano?
A sua eficiência e categoria, porém, não se limitou apenas aos campeonatos pernambucanos disputados com brilhantismo. No Campeonato Brasileiro de 1973, terminou entre os principais craques do concurso Bola de Prata, instituída pela revista Placar, ao lado de jogadores como Ademir da Guia por exemplo, e muitos outros da época. Jogando os Brasileirões de 1971 a 1974, pelo Santa Cruz, Luciano marcou 34 gols em 96 jogos disputados, uma marca considerável para quem atuava no meio de campo.
Quem faz tantos gols jogando no meio de campo hoje? Luciano, uma verdadeira “Maravilha do Arruda”. O que ele pensa agora quando olha aquele Estádio lá de cima das cadeiras? Um Arrudão sem craques que ainda corre o risco de ser leiloado. Imagine só! Quem diria hein Luciano!!







