De Be Nogueira – Uma carta aberta escrita por Fernanda, mãe da pequena Luísa, de apenas 1 ano e 2 meses, trouxe à tona um episódio alarmante de agressão ocorrido no berçário Colégio Fazer Crescer Baby (CFC Baby), localizado no bairro do Rosarinho, Zona Norte do Recife.
O incidente, ocorrido na quarta-feira (25), está sendo investigado pela Polícia Civil como lesão corporal, após Luísa ter sido agredida por outra criança dentro da instituição, segundo afirma a direção.
De acordo com o relato emocionado de Fernanda, ela deixou sua filha no colégio pela manhã, em perfeito estado, como fazia regularmente, confiando que a escola ofereceria o cuidado necessário. Entretanto, ao buscar a criança, a babá foi impedida de levá-la para casa, sendo informada de que apenas a mãe poderia retirá-la.
A situação levantou suspeitas e, só então, Fernanda foi contatada pela supervisora da creche, que mencionou um “probleminha” ocorrido durante a soneca da criança, sem fornecer mais detalhes.
Ao chegar ao colégio, a mãe foi recebida por uma equipe composta por professores e coordenadores, mas sua filha não estava presente. Quando, finalmente, Luísa foi trazida, nos braços de um funcionário, Fernanda se deparou com a terrível cena: o rosto da menina estava machucado, roxo, com escoriações e pontos de sangue. Desesperada, a mãe recebeu a explicação de que sua filha havia sido agredida por uma outra criança que estava no mesmo ambiente, sem a supervisão de um adulto, já que a babá eletrônica, que deveria estar monitorando as crianças, não foi ligada pela funcionária responsável.
A mãe expressou, em seu relato, sua angústia e revolta por não ter conseguido proteger a filha dessa agressão e questionou a falta de supervisão, que permitiu o ataque:
“Quanto tempo durou essa agressão? O que minha filha vivenciou? Que pesadelo!”, ressalta a mãe.
A criança sofreu múltiplas lesões nas bochechas, olhos, cabeça, queixo, boca, mãos e joelho. Fernanda, agora, busca conforto na família, rezando para que sua filha se recupere física e emocionalmente.
O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Contra Criança e Adolescente e segue em investigação pela Polícia Civil, que apura as circunstâncias da agressão.
O OUTRO LADO
Em resposta ao ocorrido, o Colégio Fazer Crescer Baby emitiu uma nota de esclarecimento lamentando o incidente e informando que adotou todas as medidas para remediar a situação, oferecendo afeto e cuidados tanto às crianças quanto às famílias envolvidas. A instituição reafirmou que, apesar da gravidade do caso, não considera adequado condenar a criança agressora, que tem apenas dois anos de idade.
A direção do CFC Baby também destacou que reavaliou suas práticas e rotinas para aumentar os níveis de monitoramento e segurança no berçário, a fim de evitar que episódios semelhantes aconteçam no futuro.









