EXCLUSIVO, Por Ricardo Antunes — O advogado e ex-desembargador Mário Gil Rodrigues Neto está pedindo, na Justiça, indenização por danos morais por conta de sua relação profissional com o empresário José Pinteiro. O advogado Ivan Márcio Moreira Alves, que atualmente é responsável por representar Pinteiro, também é alvo da ação, que cobra 40 salários mínimos de indenização, o equivalente a mais de R$ 56 mil. “Ele está delirando”, diz o advogado que também vai entrar com uma ação contra Mário Gil.
Na petição inicial, Mário Gil diz que foi agredido e atacado pelos dois, alegando que atuou para o empresário em mais de cem processos e “sempre teve dificuldades para receber os seus honorários”. Além do pedido de indenização, ele também alega calúnia, injúria e difamação por parte de Pinteiro.
A família Pinteiro, tradicional de Pernambuco, foi alvo da Operação Mar Aberto em 2019, quando o empresário, seu filho, um sobrinho e sua esposa foram detidos acusados de lavagem de dinheiro e crime tributário. Eles teriam sonegado mais de R$ 65 milhões em impostos e tiveram dezenas de bens de luxo apreendidos. Em 2021, dois apartamentos de luxo confiscados foram colocados à venda pela Procuradoria do Estado para sanar as dívidas.

A gota d’água para o processo contra o empresário foi uma ação de arbitramento de honorários, ou seja, que decide como será feito e qual será o pagamento do advogado pela vitória em determinada ação. Mário Gil alega que tem honorários milionários para receber e diz que os dois processados cometeram crime de falsidade ideológica ao atribuir a ele um pedido de certidão. Segundo Gil, a ideia era enganar o juiz para que eles conseguissem burlar o pagamento.
Gil diz que foi caluniado porque Pinteiro e Moreira Sales afirmara que ele não forneceu nota fiscal pelo pagamento de seu trabalho como advogado. E também afirmou que os dois o acusaram de cobrar sem ter trabalhado, o que segundo ele não é verídico.
Na ação, o advogado diz que foi acusado, sem provas, de que teria abandonado um processo em que estava atuando e que não respondia mais as mensagens enviadas pelo cliente. Gil afirma, com prints de WhatsApp, que conversava diariamente com Pinteiro.
Em contato com nossa redação, o advogado Ivan Moreira Alves disse que a acusação não passa de calúnia e que a tentativa torpe de Mário Gil Rodrigues será rechaçada pela justiça.
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