EXCLUSIVO, Por Larissa Motta — Enquanto o prefeito João Campos segue na ponte aérea Recife – São Paulo ao lado da namorada Tabata Amaral, moradores da Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) Vila Esperança/Cabocó, no bairro do Monteiro, estão com a vida de cabeça para baixo por conta da construção da Ponte Engenheiro Jaime Gusmão.
As obras da estrutura, que vai interligar os bairros do Monteiro a Iputinga, começaram em setembro do ano passado, com um investimento estimado de R$ 38 milhões.

Na ocasião, a PCR anunciou também a construção de um conjunto habitacional com 75 apartamentos para as famílias que seriam afetadas pela construção da ponte. Mas, segundo os moradores, nada está sendo feito neste sentido e o que existe na verdade é o pagamento de desapropriações. “O descaso está sendo grande. Os moradores estão sendo escorraçados de suas casas e varridos do bairro como lixo”, denuncia Lidiane Santana, que integra a Comissão dos Moradores que representam a ZEIS Vila Esperança/Cabrobó.
Segundo ela, os pagamentos oferecidos para a desapropriação dos imóveis são aquém da realidade do mercado. “Casas que valem R$ 250 mil, R$ 90 mil, R$ 100 mil, estão querendo indenizar com R$ 12 mil, R$ 20 mil, R$ 30 mil… Valores que a gente sabe que não compra casa em lugar nenhum. Então a gente pede socorro à sociedade, para que ela tire a venda dos olhos e veja também o nosso lado”, disse a moradora.

A Comissão já teria solicitado à Prefeitura uma audiência com o prefeito João Campos para tratar da situação da comunidade, sem sucesso. “É muito fácil chegar na rede social e postar que está fazendo obra, postar o lado bonito da coisa. Mas vamos postar também a covardia que está sendo feita com os moradores daqui. São moradores idosos, que estão em cima de cama com depressão, hipertensão, diabetes alta, por conta dessa covardia que está sendo feita pelo prefeito da cidade do Recife”, disparou Lidiane.
A comunidade ainda denuncia a infestação de escorpiões na localidade, resultado do acúmulo de entulhos das casas derrubadas. Segundo populares, os animais invadem as casas, trazendo ameaças para os moradores, sobretudo para crianças e idosos.








