EXCLUSIVO, Por Ricardo Antunes – O Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) aguarda decisão da justiça estadual a respeito de pedido de restauração das prisões dos empresários Sebastião Figueiroa e Suellen Figueiroa, sua filha, impetrado na Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária da Capital em 13 de março.
Num documento extenso, de 36 páginas, que nosso blog teve acesso, um grupo de seis promotores apontam diversos descumprimentos de medidas cautelares por parte dos réus por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, entre eles o fato de uma das gráficas do grupo – a Quinta das Fontes – negociar normalmente com a Prefeitura do Recife enquanto Suellen estava na prisão.
Os dois já foram presos duas vezes, uma em novembro de 2023 e a outra em novembro de 2024, em decorrência da deflagração das Operações Brucia la Terra, que investigou indícios de crimes em contratos do Detran na gestão Paulo Câmara, e da Patranha, mais recente, focada em contratos da gráfica Quinta das Fontes com a Prefeitura de Ipojuca.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/R/J/ySqxbUTWei0xzV21BN2w/operacao-recife.jpeg)
De acordo com o MPPE, foi constada “a existência de diversos procedimentos de contratação da Prefeitura da Cidade do Recife com a participação da Gráfica Quinta das Fontes, inclusive no período em que Suellen Figueiroa estava recolhida em Unidade Prisional por força de decisão desse MM. Juízo”.
Ainda segundo a peça processual, “o que se vê é a intenção contumaz da Gráfica Quinta das Fontes, empresa de fato dirigida pelos representados, de participar de procedimentos de contratação pública à revelia da ordem judicial que os proibia de novas captações para prestação de serviços públicos, e o fizeram mediante uso das mesmas estratégias de cotações de preços entre amigos, numa espécie de jogo de cartas marcadas, para dar aparência de concorrência”.