Por André Beltrão – Os dois réus no processo sobre o atentado ao jornalista Ricardo Antunes, há um ano, o empresário Rodrigo Tavares Ramos, dono da rede de clínicas LP Saúde, mandante, e o executor, Pedro Henrique Costa de Oliveira, não prestaram depoimento na Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul, apesar de intimados, e foram beneficiados por dois pareceres do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contrários a pedidos de prisão deles.
O primeiro pedido de prisão foi solicitado pelo delegado José Alexandre Amorim da Silva, titular da Delegacia de Boa Viagem, que iniciou as investigações, e o outro foi encaminhado por seu substituto, Mário Melo Junior, ao concluir o inquérito, alegando haver indícios claros de autoria e perigo à ordem pública, pelo clamor que provocou o atentado.
A promotora Henriqueta de Belli Leite de Albuquerque, em um parecer, e o promotor João Alves Araújo, em outro, indeferiram os pedidos de prisão alegando que Pedro Henrique e Rodrigo Tavares não eram ameaças à ordem pública e nem colocariam em risco o andamento do inquérito.

“Não houve demonstração, calcada em fatos concretos, de que a liberdade colocará em risco a ordem pública e prejudicará a instrução probatória”, rebateu Henriqueta de Belli em seu parecer.
Um ano depois do atentado, os dois réus continuam em liberdade e sem julgamento, contrariando manifestos de entidades nacionais do jornalismo por punição rápida e exemplar ao atentado.
Milionário, o empresário segue impune mostrando porque o judiciário pernambucano è considerado um dos piores do Brasil









