Por Ricardo Antunes – Novo secretário de Defesa Social do governo de Raquel Lyra (PSDB), Alessandro Carvalho ficou conhecido nos bastidores do meio político como o gestor que começou a deteriorar o Pacto pela Vida, programa de segurança desenvolvido durante os 16 anos das administrações do PSB.
Durante sua gestão, Pernambuco teve uma escalada da violência, o que levou desgaste ao então governo de Paulo Câmara. O governador chegou a demitir Alessandro Carvalho em 2016.
Naquele ano, o estado teve o maior número de assassinatos desde o terceiro ano da gestão do PSB, em 2009. Foram 4.380 assassinatos, entre janeiro e dezembro. Isso significou um aumento de 12,5% em relação a 2015, que teve 3.891 homicídios.
O Pacto pela Vida pregava justamente a redução de 12% na quantidade de mortes violentas de um ano ano para o outro. O programa teve êxito entre 2007 e 2011. Em 2014, no entanto, começou a escalada da criminalidade.
Com a saída de Alessandro, substituído pelo delegado federal Ângelo Gioia, os números melhoraram, o que foi um dos fatores determinantes para Paulo Câmara conseguir ser reeleito em 2018 no primeiro turno.

Como se não bastassem os dados de violência em alta, Carvalho ficou marcado pior uma guerra sem fim contra sindicalistas e representantes de classe das Polícias Civil e Militar.
Carvalho teve sérios problemas com o ex-presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Áureo Cisneiros, que foi demitido por Paulo Câmara e readmitido, este ano, por Raquel, por causa de uma ordem judicial.
O novo titular da SDS também bateu de frente com o então presidente da Associação Pernambucana de Cabos e Soldados, Albérisson Carlos. O policial militar foi assassinado no ano passado, no Recife, e até agora o crime não está esclarecido.
Tanto Albérisson quanto Áureo Cisneiros passaram vários meses da gestão de Carvalho denunciando a falta de diálogo com a SDS.









