Por Dora Kramer no Estadão de hoje: “Adversário frio e experiente, o PMDB esperou do PT ‘na esquina’ e, na oportunidade certa, valeu-se de seus erros. Vários e, sobretudo, primários: não levar em conta a opinião do público, apostar todas as fichas na divisão dos pemedebistas e acreditar que o velho truque de distribuir cargos seria suficiente para capturar parte da base parlamentar e, com isso, conseguir virar o jogo.
Base esta de lealdade fluida, cujos desejos, circunstâncias e apelos o PMDB conhece muito melhor que o PT, um amador na matéria. Jogador de competência que só se expressa quando as condições são completamente favoráveis. Na adversidade, não conseguem atuar de modo estrategicamente eficaz e a fábula da celebrada habilidade política cai por terra.
Isso ocorre porque os petistas são profissionais da agitação propagandística, mas completamente amadores da arte de fazer política. Tarefa em que o PMBD em geral, Michel Temer em particular, cursou especialização, pós-graduação, mestrado e doutorado até a conquista do posto de catedráticos.”







