Do Estadão — De mansinho, o PSD de Gilberto Kassab vai se instalando no Nordeste – e com a ajuda do próprio PT. O partido, que hoje comanda mais prefeituras no Brasil, mira 2026 com um plano ousado: aumentar sua bancada de deputados e senadores para abocanhar mais verbas, tempo de TV e influência em Brasília.
A estratégia não tem como prioridade disputar governos estaduais, mas sim fazer alianças certeiras e garantir espaço no Legislativo. E isso já está acontecendo: na Bahia, o PSD tem mais prefeituras que o PT e negocia apoio à reeleição do governador Jerônimo Rodrigues em troca de uma vaga ao Senado. No Ceará e no Piauí, o acordo é parecido: o PSD apoia os governadores petistas e, em troca, tenta turbinar sua presença na Câmara e no Senado.
O jogo é claro: quanto mais deputados e senadores, mais força nas negociações nacionais. E com aliados de peso como Rafael Fonteles, Jerônimo, Elmano e até o possível ingresso do governador Paulo Dantas (AL), o PSD vai se enraizando.
Em Pernambuco, a filiação da governadora Raquel Lyra mostrou ousadia. Mesmo ameaçada por João Campos, o PSD aposta numa reviravolta caso o prefeito renuncie para concorrer.
No fim das contas, Kassab sabe jogar. Não briga por protagonismo, mas quer ser peça-chave em qualquer tabuleiro.









