Por Luiz Roberto Marinho – Reza a chamada Lei de Murphy que nada está tão ruim que não possa piorar. Além do clube estar praticamente rebaixado à Série B, a oposição ao presidente do Sport Club Recife, Yuri Romão, e à sua diretoria, cresceu de tal forma que decidiu criar uma empresa, a “Amigos do Sport”, com o principal objetivo de ingressar na Justiça com ações cíveis e criminais contra o que classificarem como irregularidades na gestão.
Nada menos do que 50 integrantes iniciais da Amigos do Sport se reúnem nesta quinta-feira (13) para aprovarem a instituição da pessoa jurídica, que terá sede própria, e entre seus objetivos comunicar a todos os anunciantes e patrocinadores do clube que seus pagamentos correm o risco de serem impugnados pela próxima administração.
“Os pagamentos de direitos futuros serão auditados pela próxima gestão do clube e caso se comprove desvio de finalidade certamente serão glosados”, explica um dos líderes do movimento.
O mandato de Yuri Romão, reeleito para a presidência, termina em dezembro de 2026, quando o comando do Sport passará ser gerido por um conselho de administração formado por um presidente, um vice e três outros integrantes, conforme o novo estatuto, aprovado em votação apertada, mês passado, na assembleia geral dos sócios.
A oposição à diretoria notificou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre irregularidades na cessão da renda do jogo Sport x Flamengo. Relata que a diretoria vendeu por R$ 3 milhões a receita do jogo à empresa Sol Malharias Ltda, recebeu o dinheiro em três parcelas e fez transferências não contabilizadas de R$ 185 mil a empresas sem contrato com o clube, incluindo um escritório de advogacia.
“Esses pagamentos foram coordenados por dirigentes do clube, configurando movimentações financeiras paralelas ao contrato principal”, assinala a notificação, que solicita a investigação do Gaeco ( Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e do Núcleo de Patrimônio Público e Desporto do MPPE.
Confira a íntegra da notificação ao MPPE:
