Da Redação do Blog – A Prefeitura de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, divulgou nota na qual garante que o pagamento das aposentadorias e pensões do Instituto de Previdência do município, o Previ Paulista, não será afetado pelas aplicações que fez em títulos do Banco Master, liquidado pelo Banco Central na terça-feira (18), pelas quais culpou a gestão passada..
Com R$ 3 milhões aplicados em letras financeiras do banco liquidado, o Previ Paulista é um dos 18 fundos de pensão de governos estaduais e prefeituras lesados com o fechamento da instituição, num total de R$ 1,6 bilhão, segundo informações do Ministério da Previdência Social.
Os valores aplicados por fundos de pensão e de investimento não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito, entrando na massa de credores da liquidação do banco. As aplicações só serão recuperadas se houver recursos suficientes após o pagamento das obrigações prioritárias. A devolução também depende da capacidade de venda e da liquidez dos ativos, podendo resultar em pagamento parcial.
“O patrimônio líquido do Instituto é robusto e mais do que suficiente para absorver o impacto enquanto as medidas judiciais seguem seu curso”, diz a nota da Prefeitura de Paulista, na qual o prefeito Ramos (PSD) culpa o antecessor, Yves Ribeiro, ex-PT, filiado ao Podemos em agosto último, pelas aplicações no Master, anunciando que os ex-gestores do Previ Paulista serão responsabilizados judicialmente.

“As auditorias iniciais apontam que o investimento foi realizado à revelia da governança interna, contrariando parecer da consultoria de investimentos contratada à época e sem a devida aprovação do Comitê de Investimentos”, informa a prefeitura. Acrescenta que foram realizadas em fevereiro de 2024 pelo ex-diretor Luiz Augusto da Silva Junior.
“Diante da gravidade dos fatos, a gestão do prefeito Ramos, através da diretora-presidente Giovanna Cordeiro, realizou a contratação de escritório de advocacia especializado para adotar todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis. O objetivo é responsabilizar os envolvidos e buscar a recuperação dos valores”, enfatiza a nota.
Além de Paulista, a lista dos fundos de pensão municipais e estaduais vítimas do Banco Master é a seguinte: estado do Amapá (AP): R$ 400 milhões; estado do Amazonas (AM): R$ 50 milhões; estado do Rio de Janeiro (RJ): R$ 970 milhões; Prefeituras de Angélica (MS): R$ 2 milhões; de Aparecida de Goiânia (GO): R$ 40 milhões; de Araras (SP): R$ 29 milhões; de Cajamar (SP): R$ 87 milhões; de Campo Grande (MS): 1,2 milhão; de Congonhas (MG): R$ 14 milhões.
Foram lesados ainda os fundos de pensão das Prefeituras de Fátima do Sul (MS): R$ 7 milhões; de Itaguaí (RJ): R$ 59,6 milhões; de Jateí (MS): R$ 2,5 milhões; de Maceió (AL): R$ 97 milhões; de Santa Rita D’oeste (SP): R$ 2 milhões; de Santo Antônio de Posse (SP): R$ 7 milhões; de São Gabriel do Oeste (MS): R$ 3 milhões; e de São Roque (SP), com R$ 93,15 milhões.








