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Participantes de rituais denunciam grupo xamânico por uso ilegal de veneno de sapo no Brasil

Redação Por Redação
22/05/2023 - 16:31
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Captura de tela de foto postada no Instagram de Mauricio Ferro, integrante do Xamanismo Sete Raios.

Captura de tela de foto postada no Instagram de Mauricio Ferro, integrante do Xamanismo Sete Raios.

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Da Redação do Blog —  A advogada Gabriela Augusta Silva, de Goiás, experimentou diversos problemas de saúde após participar de um ritual xamânico com uma substância psicodélica proibida no Brasil. Ela relata crises de pânico, ansiedade, surtos psicóticos, problemas respiratórios e pensamentos suicidas. Gabriela, que buscava aprofundar sua jornada espiritual, foi incentivada a experimentar o veneno de um sapo conhecido como Bufo alvarius.

No entanto, após a sessão, ela enfrentou complicações de saúde e descobriu que a substância inalada é ilegal no Brasil. Outras pessoas também relataram experiências semelhantes após participar de rituais promovidos por um grupo chamado Xamanismo Sete Raios.

O grupo Xamanismo Sete Raios é alvo de um inquérito da Polícia Civil de São Paulo por possível crime de tráfico de drogas. Os participantes dos rituais afirmam que não foram informados sobre a ilegalidade da substância, não assinaram termos de responsabilidade e não receberam acompanhamento após as sessões. Além disso, o grupo é acusado de manipular pessoas e prometer curas através da substância proibida. A advogada Gabriela entrou com uma ação de reparação de danos contra o instituto.

Os perigos das substâncias psicodélicas não regulamentadas.

A substância em questão é a 5-MeO-DMT, um psicodélico proibido pela Anvisa, presente no veneno do sapo Bufo alvarius. Embora estudos observacionais apontem potenciais benefícios terapêuticos, como melhorias nos sintomas de depressão, ansiedade e estresse, também são relatados efeitos adversos, como medo, tristeza, ansiedade, paranoia e problemas cardiovasculares e respiratórios.

O Instituto Xamanismo Sete Raios alega que sua abordagem é exclusivamente ritualística e religiosa, sem incentivar o uso terapêutico das substâncias ou a substituição de práticas de saúde. Segundo eles, um suposto líder espiritual trouxe a substância do México e conduziu rituais com a presença dos integrantes do grupo.

No entanto, os relatos dos participantes contradizem essa afirmação, indicando que os facilitadores do grupo se referiam ao veneno como uma “medicina” e não forneceram orientações adequadas antes ou acompanhamento posterior às sessões.

Especialistas apontam que a segurança do uso de substâncias psicodélicas depende de vários fatores, incluindo a pureza da substância, a dose adequada, a aptidão dos indivíduos para o uso e as condições adequadas, como um ambiente seguro e acompanhamento prévio e posterior. Estudos científicos mais abrangentes são necessários para compreender melhor os benefícios e os riscos dessas substâncias.

Neoxamanismo

O veneno de um sapo conhecido como Bufo alvarius para, segundo ela, aprofundar sua jornada espiritual.

O instituto Xamanismo Sete Raios realiza rituais individuais, atendimentos e retiros coletivos de diferentes tipos – como reiki, meditação guiada, tarô e o que chamam de “limpeza xamânica” com o uso de ervas.

No portfólio, há práticas inspiradas no neoxamanismo norte-americano, mas também referências a “medicinas da floresta”, como o rapé e a ayahuasca – tradicionalmente usados por povos indígenas na Amazônia. Também oferecem cursos do que chamam de xamanismo.
Em seu site, o instituto define o xamanismo como uma “jornada espiritual de conexão com a nossa divina Natureza”, um “caminho de retorno à Infinita Essência do Ser”.

Para a antropóloga Aparecida Vilaça, professora do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que há mais de 30 anos realiza pesquisa de campo entre os Wari’, povo indígena do Sudoeste Amazônico, as principais diferenças entre o xamanismo amazônico, praticado há séculos por comunidades indígenas, e o exposto pelo instituto são as ideias de indivíduo e de natureza.

“No xamanismo amazônico, não existe o ‘eu’, existe um mundo relacional, onde o xamã se relaciona com diversos outros seres – e não para cura pessoal, mas para refazer relações, pensar relações. É um processo social, não de descoberta pessoal. Também não existe essa ideia de ‘natureza’, existe só vários tipos de gentes [humanas e não humanas], mas não essa separação entre nós e a natureza”, explica Aparecida.

O fundador do Xamanismo Sete Raios, Felipe Rocha, afirma em sua descrição ter sido “iniciado na tradição das plantas mestras pelos povos Shipibo e Ashaninka, na Amazônia Peruana”. Ele também se diz “terapeuta xamânico formado pela Escola de Xamanismo Paz Géia”.

Já Mauricio Ferre, integrante do grupo, se descreve nas redes sociais como “aprendiz no caminho xamânico” e “terapeuta integrativo e facilitador de Medicinas Ancestrais”

Aparecida explica que, nas tradições amazônicas, pessoas passam por um longo caminho para adquirirem os conhecimentos e as experiências necessárias a fim de se tornarem xamãs. Esse caminho costuma ter início por um chamado nos sonhos – caso do xamã Yanomami Davi Kopenawa, como ele descreve em detalhes no livro “A Queda do Céu”.

O que dizem os citados

Veja íntegra da nota enviada pelas advogadas do grupo Xamanismo Sete Raios:

“Através de suas advogadas, o Instituto de Vivências Xamânicas Xamanismo Sete Raios, vem esclarecer que:

O Instituto de Vivências Xamânicas Xamanismo Sete Raios, fundado em São Paulo, é uma associação religiosa, legalmente constituída e em respeito a Resolução n.5 de 2004, do Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas. Idealizado e fundado pelo Terapeuta Holístico Felipe Rocha (CRTH4074), o Instituto já realizou dezenas de encontros em contexto religioso e ritualístico, nos quais a cultura dos povos originários e as práticas tradicionais de autoconhecimento são enaltecidas dentro do ambiente urbano. A instituição jamais teve ou tem como objetivo incentivar ou promover o uso social ou terapêutico de substâncias ou, ainda, a substituição de práticas de saúde, tratando-se exclusividade de abordagem de caráter ritualística e religiosa, com finalidades espirituais.

A título de esclarecimento, no final do ano de 2019, o Instituto recebeu a visita de um líder espiritual mexicano que trouxe a substância 5-MeO-DMT, extraída do sapo Bufo Alvarius, utilizada tradicionalmente em rituais religioso naquele país e sendo uma substância também presente na Ayahuasca, cuja prática ritualística e religiosa é devidamente reconhecida pelo Estado brasileiro. O referido líder espiritual conduziu então dois rituais com a substância mencionada com a presença de membros do Instituto, sendo que à época dos eventos, os representantes do Instituto não tinham conhecimento da discussão acerca legalidade do Bufo Alvarius no Brasil. Após esses encontros e o aprofundamento do estudo sobre a substância, o Instituto não teve mais qualquer associação a rituais como esses.

É fundamental esclarecer que alguns membros do Instituto, de forma independente, deram continuidade aos estudos e rituais individuais com o Bufo Alvarius, cujos efeitos terapêuticos vêm sendo amplamente estudados pela comunidade científica, no Brasil e no mundo. Esses rituais não tinham vinculação com as atividades do Instituto Xamanismo Sete Raios, tampouco com suas práticas religiosas.

Na sua posição de estudioso das substâncias psicodélicas e do seu reconhecido potencial terapêutico, o dirigente do Instituto se utiliza do termo “Medicina” para se referir às substâncias naturais utilizadas em contexto ritualístico. Inclusive, o termo “medicinas da floresta” é o termo largamente utilizado pela comunidade indígena e seus estudiosos e por grupos religiosos ligados ao Xamanismo.

O Instituto está ciente das descabidas alegações feitas por um grupo específico de pessoas, que, vale mencionar, possuem todos vínculos amorosos e/ou familiares e que participaram ativamente e voluntariamente não só nos rituais mencionados, como em outros e nas próprias atividades do Instituto. Inclusive, as pessoas citadas já haviam participado de rituais com Ayahuasca anteriormente à relação com o Instituto, sendo descabidas as alegações de desconhecimento.

A pessoa de Gabriela Silva, que agora pretende se apresentar como vítima, era cliente do dirigente do Instituto, na sua condição de terapeuta integrativo devidamente credenciado e habilitado. Por esta razão, após a alegada experiência da denunciante como Bufo Alvarius, Felipe entrou pessoalmente em contato com ela para orientá-la, postura que foi validada e agradecida pela advogada. Vale ressaltar que qualquer argumentação de desconhecimento da Lei por parte dela deve ser rechaçada, uma vez que, como mencionado, é advogada, devidamente habilitada pela OAB/GO, com especialização na renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e diante de sua profissão e especialização, jamais poderia alegar desconhecimento da Lei. Seu companheiro, Rafael Verçosa, foi membro e facilitador de rituais, inclusive, sendo fato que conheceu Gabriela durante um dos rituais e foi a pessoa que a incentivou a participar da prática religiosa como Bufo Alvarius.

O Instituto afirma que as pessoas mencionadas deram início a uma lamentável perseguição religiosa contra as práticas de fé do Xamanismo Sete Raios, e que essa atitude criminosa será oportunamente denunciada à Justiça. Há provas de que tanto a Gabriela quanto seu companheiro, Rafael Verçosa, aderiram a um conservadorismo religioso feroz, que culminou com uma série de acusações inverídicas contra o Instituto e suas práticas religiosas. Além disso, há indícios também de uma tentativa de concorrência empresarial – que vale dizer, é inexistente, tendo em vista a diferença entre a natureza jurídica das organizações -, uma vez que o casal possui uma empresa – com fins lucrativos – que explora vivências na Amazônia, com povos originários, denominada “Retiros com Propósito”. Nesse sentido, eles também procuraram um dos membros do Instituto para levar o Bufo Alvarius para essas vivências, em Goiás, tudo conforme provas produzidas e que serão oportunamente apresentadas à Justiça.

O Xamanismo Sete Raios é uma fundação religiosa que reverencia e apoia diretamente a cultura originária e os povos da Amazônia, num trabalho de fortalecimento da sabedoria ancestral – há séculos perseguida e vilipendiada pelo conservadorismo religioso. A denunciante claramente está utilizando a estrutura judiciária e os veículos de mídia para empreender uma cruzada pessoal contra uma instituição religiosa, motivada por questões de ordem pessoal e por restrições de crença. No mais, toda e qualquer falsa acusação será tratada devidamente perante à Justiça.”
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