Da Folha de Pernambuco – Relatório da Polícia Federal apontou a existência de uma organização criminosa especializada em fraudar provas públicas, como o Concurso Nacional Unificado (CNU), aplicado em agosto do ano passado.
Conforme as investigações, o grupo, formado por integrantes da mesma família, cobrava até R$ 500 mil por prova, conseguia o gabarito de forma antecipada e utilizava pontos eletrônicos e até dublês para fazer os exames no lugar dos “clientes” do esquema.
Em mensagens interceptadas pela PF, um dos integrantes do grupo orienta a filha a “levar o rascunho das respostas” e “ler e apagar tudo”. Segundo os investigadores, o homem avisou que teria acesso às respostas da prova do CNU 2024 uma hora antes do início do teste.
Conforme as investigações, o grupo, formado por integrantes da mesma família, cobrava até R$ 500 mil por prova, conseguia o gabarito de forma antecipada e utilizava pontos eletrônicos e até dublês para fazer os exames no lugar dos “clientes” do esquema.
Em mensagens interceptadas pela PF, um dos integrantes do grupo orienta a filha a “levar o rascunho das respostas” e “ler e apagar tudo”. Segundo os investigadores, o homem avisou que teria acesso às respostas da prova do CNU 2024 uma hora antes do início do teste.
“É importante mencionar que (o alvo) supostamente realizou a prova somente para mostrar aos seus ‘clientes’ (compradores dos gabaritos) que a fraude é possível, tendo em vista que, mesmo passando para um cargo tão concorrido e almejado dentro do serviço público e com alto salário, não se deu nem ao trabalho de participar do curso de formação da carreira realizado em Brasília/DF, entre março e maio de 2025”, escreveu a PF.
O Ministério da Gestão afirmou em nota cumprir determinações judiciais e colaborar com a Justiça e a Polícia Federal.
A organização criminosa era formada por familiares do ex-policial — seus dois irmãos e a sobrinha. Três deles passaram no concurso da CNU com o gabarito idêntico, o que chamou a atenção das autoridades. Eles são oriundos de Patos, no interior da Paraíba.
“As investigações indicam a existência de uma estrutura hierarquizada e interligada por vínculos familiares e de confiança, envolvendo pessoas com histórico criminal, experiência prévia em segurança pública e atuação reiterada em fraudes semelhantes”, diz a PF.
O ex-policial seria o mentor e líder do grupo. A PF interceptou áudios em que pessoas pedem orientações de como pagá-lo pela suposta aprovação em um concurso, e ele indica a conta de terceiros para receber os “Pix”. Um dos irmãos seria o responsável por conseguir clientes para o esquema e atuar na lavagem de dinheiro por meio da compra de veículos.
O outro teria servido como “ponto de contato” para passar o gabarito da CNU à filha e sobrinha do líder do esquema.








