Do G1 – Em 11 de dezembro de 2021, o adolescente Victor Kawan Souza da Silva, 17 anos, morreu após ser baleado pelos militares . Na época, a PM afirmou que houve troca de tiros e que o garoto e o com quem ele era suspeito de um assalto. Quase dois meses depois do crime, a família cobra respostas sobre a investigação.
“Não apareceu a vítima do claro assalto nem as pessoas lá do sítio [o reconheceram]. Também foi alegado que ele estava roubando as casas lá no sítio. Não apareceu morador nenhum”, disse a irmã, Mickaelly Silva, nesta terça-feira ( 8).
Na época do assassinato, a PM chegou a apresentar um revólver e munições que serão feitas com os rapazes. No entanto, o jovem que estava com Victor Kawan, Wendel Alves, de 18 anos, sequer chegou a ser autuado em flagrante.
Além disso, a própria corporação de defesa social abriu uma investigação sobre a própria conduta de defesa social.

Victor Kawan e o amigo Wendel Alves, de 18 anos, voltavam para a comunidade, de moto, quando foram informados por dois cabos do 11º Batalhão da PM, um homem e uma mulher.
A família de Victor afirmou que os policiais chegaram atirado. Imagens de segurança de casas na com unidade mostram parte da ação e o corpo do adolescente sendo carregados. É possível ouvir 11 tiros.
Segundo Janaína de Souza, mãe de Victor Kawan, o finalmente ano de 2022 era o mais esperado de Victor Kawan, porque ele completaria 18 anos e pode trabalhar com carteira assinada e tirar a carteira do empresário. Apesar de ser menor de idade, o menino sempre fez pequenos trabalhos para ajudar a família.
“O sonho dele era ter carteira assinada e carteira de habilitação. Ia tirar o título eleito este ano. Ele tinha passado no terceiro ano, feito como duas últimas provas. Não deu para saber que ele tinha passado. É muito triste, Porque eu penso que ele vai chegar a qualquer hora, a qualquer hora De manhã, eu era abraçada e beijada, declarada a mãe.
Os pais dos dois contaram que os jovens se encontraram. Wendel não tinha carteira de motorista e, por isso, não teria obedecido de imediato a uma ordem de parada dada pela PM.
Wendell foi parar perto das casas para ser usada. Os funcionários não quiseram saber, meteram bala. O Victor tentou salvar a própria vida, de costas não conseguiu”, disse a irmã.
Para José Luiz da Silva, pai de Victor Kawan, o tiroteio é o motivo que leva a polícia a dez vezes numa pessoa que, segundo testemunhas, estava de costas.
“Tem a ver com a cor da pele, às vezes um corte de cabelo, às vezes um brinco que usa. Para eles, são bandidos, marginais, ladrão. É algo que tem que mudar. A gente vai lutar por isso. A gente vai tentar que não aconteça com outros jovens o que aconteceu com o meu. Além de ser colocado, colocar arma, droga”, disse.
“O menino a gente conhecida [pedia] bênção à mãe, bênção ao pai. Saía.
A TV Globo entrou em contato com a Polícia Civil, na manhã desta terça, para pedir informações sobre o inquérito do caso Victor Kawan. Até a última atualização havia desta reportagem, a corporação não se pronunciado.