Do Globo – Na madrugada desta segunda-feira, duas pessoas ligadas a um camarote na Sapucaí foram presas. O motivo é que a comida servida ao público e aos convidados estava sendo armazenada e preparada em um banheiro.
Segundo o Ministério Público do Rio (MPRJ), os alimentos servidos estavam sendo preparados junto a objetos como meias e mochilas. O local também não tinha refrigerador para o armazenamento dos alimentos, “o que comprova a falta de cuidado com a alimentação servida no local”, destaca o MP. A dona do buffet e uma pessoa responsável pelo espaço foram presas em flagrante por crime contra as relações de consumo.
A cozinha improvisada foi fechada em operação conjunta com o MPRJ com agentes do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio) e policiais civis da 6ª Delegacia de Polícia (Cidade Nova). As autoridades realizaram a ação depois de receberem denúncias. Cerca de 500 quilos de alimentos foram descartados.
A promotora Rosemary Duarte, que esteve na operação, disse que jamais viu nada igual. “Deu nojo. Mas a atuação do MP foi fundamental para zelar pela saúde dos frequentadores da Sapucaí”, afirmou.
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) comunicou que o serviço de buffet foi temporariamente interditado pela Vigilância Sanitária durante os desfiles.
Esta é a primeira vez que o camarote envolvido na ocorrência está presente no Sambódromo. O espaço fica no Setor 13. Por meio de sua assessoria, a Liesa explicou ao GLOBO que os responsáveis não obtiveram autorização para a instalação de uma cozinha no local e que o banheiro estava sendo utilizado de maneira irregular.
O perfil do Rio Carnaval no X, antigo Twitter, confirmou que o espaço conhecido como Lounge Sapucaí, localizado no setor 13, teve o buffet interditado pela Vigilância Sanitária.
“Reconhecemos que o espaço teve seu buffet interditado pela Vigilância Sanitária durante os desfiles na Marquês de Sapucaí. Este espaço está localizado no setor 13 e não possuía a devida autorização da Liesa para instalar uma cozinha”.
Nas redes sociais, usuários repercutiram o caso. A maioria das publicações critica a falta de higiene e os riscos que os alimentos preparados em uma cozinha improvisada podem levar à saúde.
“Você consegue um espaço pra fazer um camarote num lugar onde praticamente tem briga de foice para conseguir uma vaga e aí tem seu camarote interditado e vai preso porque improvisou uma cozinha (sem autorização) em um banheiro. Certa a promotora que mandou prender. Nojo e burrice”, comentou um internauta, no X, antigo Twitter.
Outro usuário das redes reclama dos riscos que as comidas preparadas podem causar às pessoas: “Imagina pagar caro para entrar em um camarote e ter que comer algo que foi preparado no banheiro? Não parece real”.









