Do Blog Manoel Medeiros – A Prefeitura do Recife está no pódio nacional entre os grandes entes federativos (estados e capitais) que mais destinaram recursos públicos para publicidade institucional em 2025. De janeiro a julho, foram R$ 55,7 milhões pagos a cinco agências de publicidade contratadas por licitação. Considerando uma população estimada de 1,59 milhão de habitantes (IBGE, 2025), é possível afirmar que cada cidadão bancou R$ 35,06 pela propaganda da gestão no período.
Diante de vinte estados e capitais pesquisados pelo #confereaconta, Recife só fica atrás da Prefeitura de Manaus, com valor per capita de R$ 47,46 e o governo do Distrito Federal, com R$ 37,71. No caso do DF, o governo estadual tem uma peculiaridade já que comanda um orçamento que trata de questões estaduais e correlatas à municipalidade também.
Em Pernambuco, nem mesmo os gastos do governo estadual foram maiores, numa comparação absoluta, com os da Prefeitura do Recife. Enquanto Recife registrou R$ 55,7 milhões, o governo estadual fez gastos com publicidade de R$ 52,3 milhões até julho. Considerando uma população seis vezes maior, o custeio per capita da política de comunicação institucional de Pernambuco totaliza R$ 5,48. A destinação da PCR para propaganda foi, portanto, sete vezes maior que a do governo estadual.
Desde o início do ano, a Prefeitura transferiu os contratos da publicidade para a Secretaria de Administração, comandada por Maíra Fischer. De acordo com o Portal da Transparência, foram pagos R$ 19,3 milhões para a BCA Propaganda Ltda., R$ 11,7 milhões para a Labox Comunicação Estratégica R$ 11,0 milhões para a RXZ Comunicação e Publicidade Ltda., R$ 10,5 milhões para a Ampla Comunicação Ltda. e R$ 2,8 milhões para a Marta Lima Consultoria e Comunicação.
Chama atenção, nos gastos com publicidade da gestão João Campos (PSB), o aumento no valor de gastos com emissoras de rádio e TV do interior, além da injeção de recursos em subcontratações com agências especializadas na comunicação digital, a exemplo da Hermanos Comunicação Ltda., que segundo registro da Folha de S. Paulo, era em 2024 a responsável pelas redes pessoais do prefeito.









