Por André Beltrão — Há mais de 13 anos no poder e já sabendo que terá uma acachapante derrota nas eleições da Associação Pernambucana de Imprensa (AIP), o candidato da situação, Múcio Aguiar, resolveu apelar para o engodo e a mentira.
Como se não bastassem os vários “truques”que já fez, como a antecipação da eleição (que o estatuto manda que seja feita em março), fechar o grupo de WhatsApp para que os nossos apoiadores não participem dos debates e utilizar funcionários da instituição para pedir votos, ele agora recorre ao velho expediente das “fake news” para tentar confundir a todos.
Em um post, publicado nessa manhã (19) e no site da própria instituição, Múcio diz que a juíza Fábia Amaral de Oliveira Mello, da 2º Vara Civil da Capital, não acolheu nosso pedido para adiar as eleições, que o mesmo marcou para o dia 11 de novembro. O objetivo, todos sabem, foi o de tentar barrar a inscrição de nossa chapa, para que a mesma não tenha condições de se organizar e disputar o pleito em condições de igualdade.

A informação é mentirosa. Na verdade, em primeiro despacho, a juíza da 2ª Vara Civil da Capital questionou o fato do autor da ação residir em Jaboatão dos Guararapes e ingressar com a Ação no Recife. Em decisão final, ela deixa claro que não entrou no julgamento do mérito ou seja o pedido de adiamento do pleito.
“Extingo o feito sem resolução do mérito por inadequação da via eleita e ausência dos requisitos para processamento da presente ação, como fundamentado”, disse a juíza, no seu despacho.
Agora imaginem só, um candidato a prefeito que usa a página oficial da prefeitura para lançar ataques contra a oposição. Seria cassado pelo TRE, é claro.
O “dublê” de ditador, como uma “viúva” da Era da Comunicação de Massa, usa a máquina da AIP descaradamente, para destilar seu particular desespero. E revelou seu despreparo emocional ao destratar e diminuir o currículo de um colega jornalista, pioneiro no jornalismo investigativo em Pernambuco e respeitado em todo Brasil.

Estamos fazendo uma campanha limpa e na bola. Propondo ideias. O ditadorzinho da AIP quer jogar dando canelada. Estamos com um dossiê grande sobre seu histórico de ficha criminal. O mesmo foi até preso, no Cabo de Santo Agostinho, por porte de drogas. Tem outras histórias de estelionato, apropriação indébita e outras coisas que muita gente não sabe, mas que não queremos colocar nesse debate. O mesmo se faz através de qual é a melhor proposta para tirar a AIP do marasmo, da incompetência e das mãos de uma pessoa que se acha dono da instituição.
Se Múcio, no entanto, optar por esse caminho, também não existe problema nenhum. Além de mostrar tudo que temos, ainda daremos, ao contrário do que ele faz, o sagrado direito de resposta. Em resumo, nosso jogo é na bola, mas também sabemos dar nossos pontapés e caneladas.
Anotem, por favor.