Da Redação do Blog — A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada por Alexandre de Moraes, acendeu de vez a guerra entre o bolsonarismo e o Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados próximos do ex-presidente, a decisão deve antecipar novas sanções dos Estados Unidos contra ministros da Corte e outras autoridades do Judiciário brasileiro. A informação é do Globo.
A turma ligada a Bolsonaro, como Eduardo Bolsonaro e o comentarista Paulo Figueiredo, apostava que as primeiras punições de Trump — como a inclusão de Moraes na lista da Lei Magnitsky — já colocariam o STF contra a parede. A expectativa era de isolamento de Moraes dentro da própria Corte e avanço do projeto de anistia dos presos do 8 de janeiro. Nada disso aconteceu.
Agora, com Bolsonaro em prisão domiciliar, a tensão aumentou. Segundo bolsonaristas, o governo Trump pode acelerar a punição a nomes como Gilmar Mendes, Barroso e o procurador Paulo Gonet. O recado dos EUA já veio com tarifas sobre produtos brasileiros e promessas de mais medidas se Bolsonaro continuar sendo perseguido.
Enquanto isso, Moraes subiu o tom. Em discurso no STF, disse que os ataques dos Bolsonaro são coisa de “organização criminosa” e prometeu: “Não nos vergaremos a ameaças”.
O cabo de guerra está longe do fim. E os próximos dias prometem ainda mais barulho em Brasília — e em Washington.









