Da Redação do Blog — A decisão do presidente Donald Trump de aplicar uma tarifa adicional de até 50% sobre produtos brasileiros teve, na prática, um impacto mais moderado do que o inicialmente estimado. Isso deu ao governo Lula algum fôlego para lidar com o que pode ser o início de um embate econômico e político mais duradouro entre os dois países.
Segundo levantamento feito com base em dados do governo dos Estados Unidos, 43,4% das exportações brasileiras em 2024 ficaram isentas da tarifa extra. Esses produtos somam US$ 18,4 bilhões em valor exportado, enquanto os itens efetivamente tarifados representam US$ 23,95 bilhões (56,6%).
Entre os bens que escaparam da sobretaxa estão aeronaves e peças, celulose, combustíveis e derivados, siderurgia, máquinas e fertilizantes. A medida beneficiou setores estratégicos da indústria brasileira, como a Embraer e fornecedores de petróleo. Já produtos como carne, frutas, café, armas e parte das madeiras e cerâmicas foram atingidos em cheio pelo novo imposto.
Apesar das ameaças iniciais, que incluíram acusações do governo Trump de que o Brasil representaria riscos à segurança, aos direitos humanos e à política externa dos EUA, o impacto comercial da primeira leva de sanções foi mais brando do que se previa. O governo brasileiro considera que a lista de isenções reflete interesses comerciais específicos de empresas americanas, um padrão observado em negociações anteriores de Trump com outros países.
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