De O Globo – O Primeiro Comando da Capital (PCC) atua com mais de 100 pessoas em Lisboa e no Porto. A facção controla uma rede de empresas de fachada para lavar dinheiro do tráfico em Portugal. A revelação é do “Expresso”.
O semanário afirma ter apurado com uma fonte da Justiça que os criminosos operam na construção civil, imobiliário, aviação civil, importação de frutos exóticos, restaurantes e barbearias para “circular o dinheiro do tráfico”.
“Há barbearias ou restaurantes funcionando em locais com aluguéis caros e sem clientes suficientes para ter lucro. Seria preciso centenas de cortes de cabelo a menos de € 10 (R$ 60) para pagar as despesas”, garante a fonte citada pelo jornal.
O recrutamento para comandar as empresas de fachada pode ser feito com estudantes universitários recém-formados e treinados pelo cartel. Trabalham normalmente no dia a dia, mas podem ser ativados a qualquer momento para atividades criminosas.
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O PCC estende os tentáculos também pelo mundo digital apostando, segundo a reportagem, em crimes virtuais, como golpes.
Nesta reportagem, o Portugal Giro apurou que pessoas ligadas ao PCC têm lucro milionário com golpe em Portugal. Os criminosos mantinham um gerente em território luso e pagaram um apartamento para um português recrutar equipe a partir de São Paulo.
Em julho deste ano, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, admitia a entrada do PCC em Portugal.