Com informações do Estadão – A área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluiu que a Âmbar, do Grupo J&F, não demonstrou capacidade técnica para assumir a Amazonas Energia, distribuidora do Norte do Brasil. Se a proposta for aceita, os consumidores arcarão com um custo de R$ 15,8 bilhões, enquanto o ideal seria R$ 8 bilhões. A Aneel recomenda uma consulta pública antes da decisão final, que deve ocorrer na próxima semana.
O Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que as questões devem ser avaliadas pela Aneel. A Âmbar defendeu seu plano, alegando que não é necessário ter experiência anterior em distribuição para a transferência de controle.

A conclusão é um revés para a Âmbar e o governo Lula, que contavam com a transferência para a empresa. A Âmbar foi favorecida por uma medida provisória logo após adquirir usinas da Eletrobras. O ministro Alexandre Silveira negou favorecimento e classificou os encontros da empresa com o ministério como “coincidência”.
A Amazonas Energia enfrenta problemas como furtos de energia e altos custos operacionais. A Aneel sugeriu a caducidade da concessão, mas o governo optou pela medida provisória.
Embora a Âmbar tenha capacidade financeira, a Aneel destacou a falta de experiência em distribuição. A empresa se comprometeu a assumir dívidas de R$ 10 bilhões da Amazonas, mas a proposta não garante melhorias significativas na eficiência.
O plano da Âmbar prevê repasses de custos aos consumidores por 15 anos, o que a Aneel considera excessivo. O nível de perdas não técnicas é alarmante, e a proposta não apresenta metas de redução de custos operacionais.
O ministro Silveira defendeu a transferência como a melhor solução, mas, se rejeitada, o governo considerará uma intervenção na distribuidora, com custos estimados em R$ 4 bilhões, além de indenizações. O MME reiterou que a análise deve ser feita pela Aneel.









