Por Ricardo Antunes – O senador Fernando Dueire (MDB) segue acreditando em sua fictícia pré-candidatura à reeleição. Ele anunciou Zeca Cavalcanti, de Arcoverde, como o 29º prefeito a apoiar seu nome para 2026. Coisa que nem seu próprio partido sequer cogita bancar.
Nem podemos comparar o movimento de Dueire a um ato quixotesco, porque seria um desrespeito a Cervantes. Não se trata de uma luta contra moinhos de vento imaginários. É um misto de puro devaneio com pitadas de delírio e requintes de ausência de noção. Puramente Nárnia, o mundo fictício onde se passam as histórias de C.S. Lewis, autor das “Crônicas de Nárnia”.
Nem João Campos (PSB) nem Raquel Lyra (PSD) principais nomes da sucessão estadual, querem Dueire na chapa majoritária. Apesar dos quase 50 deputados federais conferidos pelo MDB em caso de uma eventual aliança e coligação, os planos são de mero coadjuvante. E Dueire, honrando o ditado de que “o pior cego é o que não quer enxergar”, segue fingindo e plantando notas em blogs amigos de que é um forte player.

Após pressionar para herdar o mandato do ex-senador Jarbas Vasconcelos, e levá-lo a uma derrota pelo comando do MDB pernambucano, com o filho Jarbinhas sendo derrotado por Raul Henry numa campanha vergonhosa e de baixíssimo nível, Dueite segue acreditando sozinho que seu voto único o reelegerá.
Sem nunca ter passado diretamente pelas urnas, essa escrita deve ser mantida pelos próximos anos e décadas.
Nem pesquisas claramente super alteradas como a que deu Marília Arraes com 50% para o Senado, Dueire consegue passar de 1%. Como em papel cabe tudo, e em certos blog nem se fala, ele seguirá inundando as redes de releases e pedido de notas com fotos e tudo mais.
Vale lembrar que Arraes em 1998 tinha mais de 100 prefeitos e perdeu a reeleição para Jarbas, ficando com cinco ou seis apenas. Que dirá alguém sem história política alguma, lograr êxito com supostos 29 prefeitos, hoje interessados nas emendas parlamentares e zero saudações.
Há quem diga que a chance dele se candidatar é a mesma que a minha. Só que eu não sou filiado, logo não posso disputar e não irei. E nem quero. Jornalista que se preze nao faz loas a politico. Uns adoram vender livros e outros a fazer festa de aniversário. Tudo isso com dinheiro público.
Nosso jornalismo é muito diferente.








