Com Informações da assessoria de imprensa – O Simepe (Sindicato dos Médicos de Pernambuco) reagiu com uma dura nota à portaria do governo de Pernambuco publicada na manhã desta sexta-feira (28) proibindo férias dos profissionais de saúde por 60 dias. A decisão começa a valer em 1º de fevereiro. O governo alegou o avanço da variante ômicron como pretexto para a medida.
Em nota divulgada na tarde desta sexta, o Sindicato dos Médicos diz que as festas estão liberadas enquanto o cenário é “de superlotação nos hospitais, profissionais sobrecarregados, falta de estrutura adequada e equipamentos básicos como a máscara N95, única que de fato assegura a devida proteção contra a Ômicron”.
“O governo de Pernambuco fecha os olhos para a realidade e se contradiz ao permitir que eventos de até 3 mil pessoas continuem liberadas. Aglomerações que são claramente suscetíveis ao aumento da contaminação do vírus e que sobrecarregam ainda mais os hospitais”, dizem os médicos.
Sobre a proibição as férias por 60 dias, o Simepe considerou “inadmissível” e abalou que “as prioridades estão invertidas e não há o menor cuidado para que o cenário pandêmico seja revertido”.
O Simepe também cobrou um posicionamento do Cremepe (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco) sobre as más condições de trabalho alegadas.
O sindicato dos médicos também aponta “postura contraditória” do governo Paulo Câmara (PSB). A portaria com a proibição das férias foi assinada pelo secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, no Diário Oficial desta sexta-feira.







