EXCLUSIVO, Por Ricardo Antunes — O suposto abuso de uma criança numa das escolas mais caras e frequentada pela elite pernambucana ganhou uma nova informação, que caiu como uma bomba na classe média alta da cidade.
Ao contrário do que se pensava, são três e não uma, as supostas vítimas do abuso sexual que teria acontecido no Colégio Conviver, em Piedade.
Sob a condição de anonimato, e depois de mais de 4 dias de negociações, a mãe de uma das vítimas concordou em falar comigo por alguns minutos, mas sem entrar em maiores detalhes.
“Foram três vítimas e esse número pode até subir, pois muita gente tem medo de denunciar o colégio por conta do poder econômico das donas”, afirmou a mãe pelo telefone e sob pedido de reserva. A voz era um misto de desespero e pedido de socorro. “Tenho muito medo”, acrescentou.
A informação exclusiva do nosso Blog (ninguém da imprensa pernambucana fala mais do assunto) acabaria sendo confirmada em um dura nota dos pais das crianças, nesta tarde, através do escritório Rigueira, Amorim, Caribé & Leitão.

Os advogados reagiram com indignação e acusaram a escola de ser “omissa” com os fatos, de apenas se preocupar com a imagem institucional do Colégio e não ter a menor empatia “com a dor e o sofrimento dos familiares”.
A dura resposta coloca mais lenha na fogueira e mostra que o assunto está apenas começando, e a Escola Conviver pode ter mentido, o que seria um fato muito grave.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Atos Infracionais, que confirmou o registro da denúncia no dia 13 de agosto. O Colégio Conviver afirmou que não há nenhum vídeo que comprove irregularidades e ressaltou que, em mais de 40 anos de funcionamento, nunca enfrentou problemas semelhantes.
A instituição reiterou que está cooperando com as investigações em curso.
Leia a reposta dos advogados das vítimas:
“Considerando a ampla divulgação, em redes sociais, da “Mensagem aos Pais” elaborada pela coordenação da Escola CONVIVER, na qual se manifestou publicamente sobre caso que tramita em sigilo, as famílias das vítimas, representadas pelo escritório Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão — Advocacia Criminal, informam que receberam com indignação o comunicado.
O teor da nota evidencia uma preocupação exclusiva com a imagem institucional da escola. Ademais, reproduz o mesmo negacionismo já adotado por sua diretoria em três ocasiões anteriores, quando procurada por cada uma das três famílias vítimas, de forma independente, para reportar as suspeitas do que poderia estar ocorrendo no ambiente escolar.
A reiterada omissão da escola em apurar os fatos pode ter contribuído para a repetição dos tristes episódios. As famílias constatam, mais uma vez, a falta de solidariedade e de cuidado com a dor e o sofrimento pelo qual todos estão passando.
O assunto está sendo apurado pelas instâncias competentes, em sigilo absoluto, e o escritório reitera que a prioridade, neste momento, é preservar todas as crianças e famílias envolvidas. Espera-se que a sociedade tenha respeito ao momento de dor e que a escola passe a adotar o compromisso de efetiva contribuição com as investigações.”
Rigueira, Amorim, Caribé & Leitão — Advocacia Criminal