Do UOL – Toninho Duettos, produtor e sócio do cantor Gusttavo Lima, afirmou em entrevista ao UOL ter intermediado o acordo de patrocínio da Vai de Bet ao Corinthians.
Segundo o empresário, José André da Rocha Neto, CEO da Vai de Bet, o procurou para tentar a negociação com o clube.
Mas, no momento de acertar os termos do contrato, Toninho diz ter sido “passado para trás”, em uma ação de “má-fé” da diretoria corintiana.
A jogada, segundo ele, foi falar de burocracia. Para evitar os trâmites de cadastrá-lo como novo prestador de serviços no clube, uma empresa já inscrita seria citada no contrato. O repasse financeiro a Toninho viria dela.
Essa versão foi confirmada por Rocha Neto à Polícia Civil.
No contrato de R$ 360 milhões, quem aparece como intermediária é a Rede Social Media Design, do empresário Alex Cassundé, que levaria R$ 25 milhões de comissão —cerca de 7% do total.
O acordo foi rompido após denúncia de que a Rede Social teria repassado mais de R$ 1 milhão à empresa Neoway Soluções Integradas —que seria uma empresa de fachada aberta no nome de uma “laranja” chamada Edna Oliveira dos Santos.
A reportagem tentou contato com Cassundé e seu advogado, Cláudio Salgado, que disseram que não se manifestariam.

O UOL questionou a diretoria do Corinthians sobre as acusações feitas por Toninho e a inclusão da empresa de Cassundé no contrato.
O clube respondeu em nota que é “vítima no caso Vai de Bet” e que o presidente do clube, Augusto Melo, “desconhece qualquer depoimento que está sendo vazado pela imprensa”.
‘Me senti lesado pelo Corinthians’
Toninho Duettos e um de seus funcionários, Sandro Ribeiro, se dizem vítimas de um golpe arquitetado por pessoas ligadas ao Corinthians.
Como não houve pré-contrato que estipulasse a porcentagem a ser paga na negociação, eles resolveram não judicializar o caso.
Os empresários estiveram na reunião que firmou o negócio e foram à posse de Augusto Melo como presidente do Corinthians, em 2 de janeiro de 2024.
Marcelo Mariano, o Marcelinho, diretor administrativo do Corinthians, e Washington Araújo, braço direito de Augusto Melo, seriam os pontos de contato de Toninho no clube.
Mas, segundo o produtor, Marcelinho parou de responder às mensagens da dupla logo após o contrato ser assinado, em 4 de janeiro daquele ano.
Sandro diz ter prints de conversas no WhatsApp, fotos e vídeos do dia em que estiveram na reunião que sacramentou o patrocínio.
“Se eu for chamado para prestar depoimento, vou mostrar. Tenho como provar tudo o que eu e Toninho falamos”, conta Sandro.
Toninho e Sandro serão convocados em breve como testemunhas no caso, dizem fontes da Polícia Civil.