Por Ricardo Antunes — O desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desfez as decisões da juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, e soltou e revogou os mandados de prisão, na noite desta segunda-feira (23), de 17 das 22 pessoas indiciadas pela Operação “Integration”, incluindo a influenciadora Deolane Bezerra, detida no Presídio Feminino de Buíque, no Agreste.
O cantor Gusttavo Lima e o empresário pernambucano Boris Maciel Padilha continuaram, contudo, com suas prisões preventivas decretadas, mas por uma simples razão: os advogados deles ainda não ingressaram no TJPE com pedido de habeas corpus. Assim que fizerem a apelação, deverão obter o mesmo benefício para os dois.
Foram beneficiados a mãe da influenciadora, Solange Bezerra, e o dono da empresa de apostas Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho. Ao contrário da juíza, que não acatou a manifestação favorável à soltura do Ministério Público de Pernambuco, o desembargador aceitou a argumentação do advogado de Darwin Filho, Ademar Rigueira Neto, segundo a qual “o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou sobre a necessidade de se dar especial atenção e relevância à manifestação favorável do MP pela revogação da prisão preventiva de pessoas investigadas”.
Eduardo Guilliod Maranhão, que mandara soltar e depois prender novamente Deolane Bezerra, concordou com a argumentação do MP-PE, arguida por Rigueira, de que a realização de novas diligências implicaria em constrangimento ilegal dos detidos e dos que tiveram o mandado de prisão expedido.
Decidiu estender a decisão sobre Darwin Filho, além de Deolane e da mãe dela, a outros 14 envolvidos: Maria Eduarda Quinto Filizola, mulher de Darwin Filho, Marcela Tavares Henrique da Silva, irmã dele, que já tinham sido soltas; Eduardo Pedrosa Campos, Maria Aparecida Tavares de Melo, Darwin Henrique da Silva, pai do dono da Esportes da Sorte; Giorgia Duarte Emerenciano, Maria Bernadete Pedrosa Campos, Maria Carmen Penna Pedrosa, Edson Antonio Lenzi, Ruy Conolly Peixoto e Thiago Heitor Bresser.
Tiveram igualmente os mandados de prisão suspensos José André da Rocha, sua mulher, Aisilla Sabrina, e Rayssa Ferreira Santana da Rocha, donos da empresa de apostas VaideBet, sediada em Campina Grande (PB), que se encontram provavelmente na Europa, fugindo ao cumprimento do mandado de prisão.