Por Matheus Coutinho, da Crusoé — Alvo de pelo menos três investigações diferentes por suspeitas de fraudes em aportes de fundos de pensão de estatais e apontado como operador de propinas do MDB, o empresário Milton Lyra disse, em depoimento à Polícia Federal, que auxiliou um secretário do PSL em 2014, em um projeto de expansão do partido.
O beneficiado teria sido “o senhor Pedro, secretário do Partido Social Liberal – PSL, em um projeto de crescimento nacional do partido”, segundo depoimento do empresário no dia 28 de setembro de 2018. Lyra não deu mais detalhes sobre essa aproximação.
O PSL, porém, só deixou de ser nanico depois das eleições do ano passado, quando elegeu 54 deputados, na esteira da vitória de Jair Bolsonaro na campanha presidencial, tornando-se uma das maiores bancadas da Câmara, ao lado do PT.
O empresário também disse à PF que foi filiado ao PTB por dois anos e que, tirando estes dois episódios, não teve ligação com nenhum outro partido. Lyra admitiu que possuía amizade com Renan Calheiros, mas disse que nunca fez negócios com o senador do MDB de Alagoas. O empresário ainda negou ter atuado para interferir em investimentos do Postalis, o fundo de pensão de funcionários dos Correios.