Com informações do Estadão – A Operação Máximus, da Polícia Federal, revelou áudios que expõem um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins, mostrando a insatisfação de magistrados envolvidos com a forma fracionada e demorada dos pagamentos de propina.
As gravações, entre Thales André Pereira Maia, filho do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, e Daniel Almeida Vaz, suposto intermediador, referem-se a um caso de uma mineradora, evidenciando a atuação orquestrada da organização criminosa para garantir interesses ilícitos no TJ do Tocantins.
No caso da mineradora, a PF reuniu indícios de propinas a três desembargadores, entre eles Helvécio de Brito Maia Neto.
Segundo o inquérito, o desembargador teria recebido R$ 75 mil para “praticar ato de ofício infringindo dever funcional” e beneficiar a mineradora em um processo judicial. As propinas teriam sido pagas por José Alexandre Silva, sócio administrador da mineradora, com intermediação de Thales Maia.
As desembargadoras Etelvina Maria Sampaio Felipe e Angela Maria Ribeiro Prudente teriam recebido R$ 100 mil também via a empresa de Thales, suspeita a PF.
Em uma gravação, Daniel Vaz chama Thales de “chefe” e fala sobre o sigilo de um processo relacionado ao da mineradora. Os investigadores consideram isso uma prova de “orquestração de estabelecimento de segredo de justiça”.
A PF também encontrou áudios de Vaz para Thales Maia, nos quais o intermediador cobra o pagamento da propina e reclama da demora nos repasses.
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