Do Estadão — O cerco dos EUA ao Brasil apertou de vez. Após suspender os vistos de oito ministros do STF, o governo Donald Trump prepara uma nova rodada de sanções — desta vez, ainda mais duras. A Lei Global Magnitsky, usada contra regimes autoritários, deve ser aplicada para congelar bens e restringir atividades financeiras de autoridades brasileiras nos Estados Unidos.
E não para por aí: ministros do governo Lula também estão na mira, e até a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, pode ser expulsa, o que sinalizaria uma ruptura diplomática entre os dois países.
No epicentro da crise estão os votos do STF que puniram Jair Bolsonaro e defenderam a regulação das redes sociais. Para Trump, que vê em Bolsonaro um aliado-chave na América Latina, esses ministros estariam promovendo perseguição política.
O plano da Casa Branca é claro: fazer do Brasil um exemplo para conter a influência da esquerda no continente, pressionando Colômbia, México e outros países a se alinharem ao novo eixo ideológico. Empresários brasileiros que exportam para os EUA já sentem os efeitos: o caminho para evitar prejuízos é negociar direto com importadores americanos, fora do radar político.
Enquanto isso, STF e Planalto se calam. Mas o risco é evidente: o Brasil pode virar um pária diplomático e comercial se essa escalada não for contida.









