Da Redação do Blog – Na última terça-feira (10), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu um total de 12 troféus de caça irregulares em uma residência pertencente a um caçador. A ação faz parte da Operação Aqua Fortis, realizada em parceria com a Polícia Federal, que visa combater a lavagem de dinheiro proveniente da extração e do comércio ilegal de ouro em garimpos nos estados do Mato Grosso e do Pará.
Entre os itens apreendidos estavam exemplares de espécies como hipopótamo, girafa, búfalo, gnu e leão. Apenas sete peças possuíam documentação regular de importação. O responsável pela residência foi notificado a explicar a ausência de uma pele de zebra mencionada na documentação, mas que não se encontrava no local.

Alguns dos animais, como o leão, possuíam certificação de importação emitida pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (Cites), o que legalizaria sua importação e posse no Brasil. No entanto, a documentação apontou que o leão foi vítima de “caça enlatada”, uma prática cruel em que os animais são criados em cativeiro até atingirem a idade adulta, sendo então liberados em áreas controladas para serem abatidos por caçadores.
A caça de animais silvestres é proibida no Brasil pela Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), e qualquer atividade relacionada à caça constitui crime ambiental. Pesquisa realizada pelo Ibama, em 2003, mostrou que 90% da população brasileira é contra a prática, índice que se manteve em levantamento feito pelo Datafolha em 2023.