Da Redação do Blog — O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu tirar o caso da gaveta e pediu a reabertura das investigações contra Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, por suspeita de irregularidades na compra de respiradores em 2020. O negócio, feito pelo Consórcio Nordeste no início da pandemia, resultou em prejuízo de R$ 48 milhões — e nenhum respirador entregue.
Na papelada enviada ao ministro Flávio Dino, do STF, Gonet diz que Rui assinou um contrato com pagamento integral antecipado e nenhuma garantia de entrega. A empresa contratada, Hempcare, sequer tinha estrutura para fornecer equipamentos médicos. A dona da empresa, Cristiana Taddeo, disse em delação que pagou uma “comissão” de R$ 1,6 milhão a um suposto intermediário amigo de Rui e da então primeira-dama baiana.
O caso já rodou por vários tribunais e agora pode voltar ao STJ, já que os fatos aconteceram quando Rui ainda era governador. A defesa dele afirma que a petição da PGR não o acusa de nada novo. Mas o pedido de Gonet deixa claro que há elementos para seguir investigando.
Enquanto a PGR fala em “indícios de crime”, a defesa tenta desviar a atenção para o endereço do processo. O respirador mesmo, ninguém viu.









