Por Ricardo Antunes
Aniversário de “Dona Yeda”, minha mãe. Aquela “casa com varanda, uma voz lá dentro dela, me dizendo que eu tivesse cuidado para a partida pro futuro. Eu ainda era puro, mas num beijo disse adeus”.
O maior amor, a maior paixão. Os conselhos, os “sporros”, a chinelada, quando um dia falei alto com ela.
A canjinha da noite, o grito para voltar para casa depois de jogar bola: “Ricardo Césaarrr…”
Ela me chamando de “Rico” e dando sua bênção: “Que Deus te faça um grande homem meu filho”. A parte amputada de mim, arrancada de mim, “exilada de mim”.
A que me falta. A que me ficou. A que me fez forte imitando a garra que ela tinha a fazer “dudu” na escola de minha tia. Somente para completar a “mesada” que papai me dava.
Minha mãe. Meu maior amor. De quantas lágrimas continuarei a tecer minha saudade?
De quantos desejos vou construindo essa louca vontade de te encontrar?
“Tempestades que não param pára-raios quem não tem, mesmo que não venha o trem não posso parar”.
Não posso parar mãezinha. Você bem sabe como sou insistente e sonhador. Lembra daquele nosso papo?
Mande a sua bênção. Um beijo do seu filho, Ricardo.
PS: Deixa apenas eu terminar umas coisas aqui sobre a tal da “maldade humana”. Vou dedicar a inexorável vitoria a ti. E depois vou correr para seu abraço.







